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segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Os 10 maiores escândalos da Internet


1. Mônica-gate Em janeiro de 1998, Matt Drodge trouxe a notícia de que uma estagiária da Casa Branca chamada Mônica Lewinsky estava tendo um caso com o Presidente Bill Clinton. A história foi veiculada em seu site, o Drudge Report, e rapidamente se tornou um dos maiores escândalos da história recente dos EUA – estabelecendo a internet como fonte de notícias. O escândalo Lewinsky colocou a internet em alerta, trazendo as atenções para um escândalo maior chamado Whitewater. Sem a influência da rede, o Whitewater poderia ser lembrado como uma investigação sem fim sobre divisão de bens obscura do Arkansas; em vez disso o fato fez com que o impeachment do presidente fosse cogitado. 2. A verdadeira virada O grande interesse que o político americano Mark Foley (Florida) tinha em páginas de jovens homens não era novidade para a alta roda de Washington. Mas coube à internet expor ao mundo todo as preferências sexuais de Foley. Quando a ABC publicou a transcrição das mensagens de texto que Foley enviou a um voluntário menor de idade, em setembro do ano passado, ninguém conseguiu deixar passar como algo benigno. A desgraça de Foley pode não ter trazido o partido republicano à ruína nas últimas eleições, mas não advogou em sua própria causa. 3. Acentuação Quatro documentos, datados de 1970 e que eram tudo o que o Governo Bush precisava para ocultar a ausência do presidente norte-americano à Guerra do Vietnã (em manobra executada por amigos influentes), foram revelados pelo jornalístico televisivo 60 Minutes, em 2004. Mas, pouco após o âncora Dan Rather divulgar a existência das "provas" elas foram contestadas. Os blogs de tendência conservadora Free Republic, Little Green Footballs e Powerline questionaram a autenticidade dos documentos, alegando que, em 1970, as máquinas de escrever não tinham os acentos presentes nos textos divulgados, logo não poderiam tê-los escrito. A discussão, em vez de focada no quê Bush estaria fazendo enquanto a guerra acontecia, acabou imersa em entranhas da acentuação - e a mídia em geral seguiu a tendência. Doze dias após a divulgação dos documentos, o âncora Rather se desculpou publicamente pela história, afirmando que não tinha como garantir sua veracidade. Alguns meses mais tarde, ele deixou à francesa o quadro de funcionários da CBS e ganhou o desconfortável anexo "gate" a seu nome. 4. A síndrome China Uma série de gigantes da internet se viu do lado errado da Grande Muralha no ano passado ao realizar acordos comerciais com o regime comunista da China. O Google, para citarmos um dos grandes, anunciou uma nova versão em chinês de seu sistema de busca, que logo foi censurada pelo governo do país. Procure por assuntos controversos como Falun Gong e os resultados aparecerão de forma bem diferente dependendo do lado do Pacífico em que se está. Após isso, o Google desistiu de criar versões limitadas do Blogger e do Gmail, evitando que ocorresse com a companhia o mesmo escândalo que aconteceu ao Yahoo, que enviou à autoridades chinesas e-mails de seus assinantes, resultando na prisão de três dissidentes. No final de 2005, a Microsoft desativou, por espontânea vontade, o blog de um jornalista chinês hospedado no MSN Spaces. A Cisco também se queimou por vender à China equipamentos para filtrar o acesso à internet de 132 milhões de usuários. Em vez de se ausentarem do maior mercado emergente do planeta, essas empresas decidiram abaixar as cabeças e pegar o dinheiro. 5. Façanhas escandalosas Em 1986, Paul Morgan sofreu um acidente de barco que lhe deixou as duas pernas paralisadas permanentemente. Mais tarde, em 2001, teve com uma idéia "brilhante": amputar em casa seus pés inutilizados com uma guilhotina e transmitir a façanha ao vivo na rede. Os interessados no espetáculo poderiam assistir à "performance" pagando 20 dólares; o dinheiro iria para uma operação que lhe daria membros artificiais posteriormente. Durante um bom tempo, a idéia de Morgan rendeu debates na web: poderia alguém mutilar a si mesmo somente por dinheiro e uma sede doentia de fama? Mas, o famigerado dia chegou e... nada! Os pés de Morgan ainda estavam lá. Assim como muitos outros, Morgan se mostrou ser um ótimo pregador de peças para a ânsia humana pelo bizarro e pelo consumismo. 6. Serviço (pouco) Secreto Em outubro de 2004, o celular de Paris Hilton foi hackeado pelo jovem Nicholas Jacobsen, que compartilhou na internet fotos íntimas da beldade e anotações de sua agenda. Nada demais, afinal, até então milhares de cidadãos já tinham visto muito mais de Paris sem esforço ou ajuda de alguém. O verdadeiro escândalo foi a revelação de outro nome que caiu em armadilha semelhante: o agente do Serviço Secreto dos EUA Peter Cavicchia, que à época, investigava Jacobsen. Segundo memorandos escritos pelo jovem, Cavicchia enviou de seu telefone dados sigilosos relativos a investigações correntes sobre criminosos virtuais russos. Em fevereiro de 2006, Jacobsen foi declarado culpado, multado em 10 mil dólares e sentenciado a um ano de prisão domiciliar. Mas o dano já estava feito: Cavicchia se demitira após seu descuido se tornar público. 7. "Eu processo gente morta" Esse é um daqueles escândalos que parecem não ter fim. Começou em setembro de 2003, com a Recording Industry Association of America (RIAA) e a Motion Picture Association of América (MPAA) investindo contra os consumidores de downloads ilegais de músicas e filmes. As organizações contrataram empresas para se infiltrarem nas redes, capturando endereços de IP e terminando por forçar provedores de serviço de internet a revelar os nomes de determinados consumidores (apesar de algumas, como a Verizon, terem se recusado a tal). Estudantes exemplares, avós falecidas, famílias sem computador e milhares de Joãos Ninguém estão entre os 18 mil americanos processados até agora. O difícil é calcular o resultado, afinal, o compartilhamento de arquivos continua forte, as vendas de CDs minguam e os downloads legais sobem inabaláveis. 8. Escândalos sexuais envolvendo vídeos Pare se você já viu isso antes. Celebridade novata rapidamente cai nas graças de Hollywood. Menos de três meses depois, a mesma estrela já não está tão "in" na meca do cinema e não demora a "protagonizar" vídeos picantes na rede, apesar de sempre negar o conhecimento da filmagem. Pode ser apenas publicidade barata, mas é mais atenção do que qualquer um realmente precisa. Recado para Pamela Anderson, Paris Hilton, Colin Farrell, Daniella Cicarelli e todo exibicionista em potencial: quando alguém lhe apontar uma câmera – fora de um set de filmagem – vista as roupas imediatamente. A produção não costuma resultar em uma boa carreira cinematográfica... 9. O bônus rootkit O Dia das Bruxas de 2005 foi especialmente assustador para a Sony BMG Music. Na data, o técnico da Microsoft Mark Eussinovich colocou um post curioso em seu blog relatando que enquanto fazia uma varredura em seu HD, havia descoberto um rootkit – ferramenta utilizada por hackers para mascarar a presença de malware – advindo de um CD da gravadora. O escândalo tornou-se uma bola de neve conforme outros blogueiros entravam na onda e a grande mídia explorava a história. Primeiro, a Sony negou que seu software de proteção anti-cópia havia transformado meio milhão de PCs em um parque de diversões para hackers. Depois, lançou uma "correção" que, obviamente, não funcionou. Por fim, cedeu à pressão publica e propôs aos usuários desinstalar o kit e substituir os CDs – mas era tarde e a reputação da empresa já estava tão mal ou pior do que os discos-rígidos dos usuários. 10. Não conte nada para a AOL O oficial norte-americano Timothy R. McVeigh achou que não havia perigo em deixar seu status como "gay" em seu perfil da America On Line. Apesar de não divulgar sua preferência sexual para os militares, McVeight escolheu ocultar seu nome completo ou qualquer outra informação pessoal para a AOL. Mas sua privacidade – e seus 17 anos de carreira na Marinha – foi prejudicada quando um funcionário da AOL divulgou sua identidade completa para um investigador naval, em 1997. A AOL primeiramente negou ter exposto McVeigh, depois se desculpou por violar sua própria política de privacidade e, posteriormente, criticou a Marinha por "enganar" seu próprio empregado por meio de investigações contra McVeigh. Quando a Marinha acusou o veterano de violar a política militar do "não pergunte, não diga" e tentou dar baixa nele, McVeigh os processou. Após vencer a causa, McVeigh conseguiu se aposentar como oficial chefe, a patente que ele teria naturalmente obtido caso a AOL não revelasse seu segredo.

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